Previsto para 2015, satélite do Polo Espacial Gaúcho terá tecnologia 100% nacional

Por: Jornalista Nelson de Abreu Filho PHD em tecnologia digital de satélite

Previsto para 2015, satélite do Polo Espacial Gaúcho terá tecnologia 100% nacional

Microssatélite MMM-1 será o primeiro modelo e deve ser sucedido por equipamentos mais avançados

Previsto para 2015, satélite do Polo Espacial Gaúcho terá tecnologia 100% nacional Arte ZH/Agencia RBS
Ilustração do MMM-1, primeiro satélite a ser produzido no Estado Foto: Arte ZH / Agencia RBS
O satélite que será produzido no Polo Espacial Gaúcho deve ser lançado no final de 2015 e terá tecnologia 100% nacional. As informações foram confirmadas nesta quarta-fera por Marcos Arend, diretor de tecnologia da AEL Sistemas, a empresa-âncora do projeto que já mobiliza quatro universidades, oito PhDs, 32 engenheiros, três institutos e pelo menos seis empresas nacionais e estrangeiras. >>> Leia mais sobre o Polo Espacial Gaúcho
Desse esforço coletivo deve resultar o Microssatélite Militar Multimissão (MMM-1), que será lançado na base de Alcântara (MA), considerada uma das melhores do mundo pela localização próxima à Linha do Equador. Além do potencial de mercado, a intenção de produzir tecnologia espacial 100% brasileira é prescindir da dependência de material importado, em especial no setor de defesa.
O MMM-1 não terá controle de órbita, quer dizer, não poderá ser "manobrado" para garantir orientação correta em relação à Terra. Isso o deixará à mercê de forças como a gravidade e a pressão solar e, por isso, o equipamento ficará em órbita por cerca de dois anos apenas. Ainda assim, os desafios são vários, entre os quais o de lidar com a temperatura no vácuo: o satélite pode estar quente de um lado, devido à incidência do sol, e gelado do outro, onde o frio pode chegar a -270°C, muito perto da temperatura considerada a menor possível.
A partir do conhecimento reunido a partir do lançamento do MMM-1, devem ser projetados o MMM-2 e o MMM-3, esse último com controle de órbita e perspectiva de competir no mercado internacional.
- Haverá uma explosão no consumo de microssatélites - afirma Arend, apontando que essa solução reduz drasticamente os custos e tem a vantagem da prontidão, já que esses equipamentos, leves, podem ser enviados ao espaço por qualquer lançador.
- Se perdermos esse trem, vamos chegar muito atrasados. O futuro do mercado é de quem tiver sucesso na área de microssatélites - disse o vice-presidente da AEL, Vitor Neves.
Características do MMM-1
Massa: cerca de 20 quilos
Tamanho aproximado: 30 cm de altura x 10 cm de largura x 10 cm de profundidade
Altitude de órbita: 700 quilômetros
Aplicação imediata: setor de defesa
Onde entram as universidadesUFRGS: processamento de bordo e análise de radiação
UFSM: estrutura de operação no solo
Unisinos: sensores, microeletrônica e propulsor (que pode levar ao controle de órbita do MMM-3)
PUCRS: antenas, transpônder digital e possível operação no solo
EmpresasAEL: chassis do satélite, defesa eletrônica, componentes espaciais e interface de comunicação
Digicom: fabricação de dispositivos mecânicos e suprimento de energia
GetNet: serviços de comunicação
TSM: desenvolvimento, qualificação e produção de antenas
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Rumo ao espaço14/08/2013 | 06h03

Projeto pretende por em órbita primeiro satélite gaúcho

Empresas, universidades e instituições públicas planejam disputar verba federal para projetar e lançar equipamento

Projeto pretende por em órbita primeiro satélite gaúcho Arte ZH/Agencia RBS
Grupo pretende construir satélite de uso militar Foto: Arte ZH / Agencia RBS
Uma parceria entre empresas e universidades pretende criar um polo espacial no Estado e colocar em órbita o primeiro satélite gaúcho. A velocidade com que o projeto vai sair do papel, no entanto, depende de apoio do governo federal.
Propostas de várias regiões do país tentam abocanhar parte dos R$ 2,9 bilhões que a Agência Brasileira da Inovação (Finep) terá para financiar projetos na área de defesa e aeroespacial. De olho nos incentivos do Planalto, um grupo de empresas no Estado planeja construir um microssatélite de uso militar. O valor solicitado é de R$ 43 milhões.
De pequeno porte – não muito maior que uma caixa de sapato – e pesando cerca de 20 quilos, o equipamento representa um grande desafio tecnológico. Poucos países dominam o conhecimento para fabricação de estruturas tão compactas para atividade de defesa. No país, a iniciativa é inédita. O polo de São José dos Campos (SP), maior centro de excelência em ciência aeroespacial do país, se dedica à fabricação do primeiro grande satélite brasileiro, voltado para a área de comunicações, como televisão e banda larga. Ontem, o Ministério das Comunicações anunciou que o consórcio europeu Thales Alenia Space foi o escolhido para a construção do equipamento, que deve ser lançado em dois anos.
– Vamos apostar em um novo nicho, em algo que ainda não é produzido no Brasil. Apesar de disputarmos recursos federais, não somos concorrentes no mercado – explica Aloísio Nóbrega, diretor de promoção comercial da Agência de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), responsável por realizar o mapeamento das empresas que vão atuar no polo gaúcho.
Composto, inicialmente por quatro empresas e quatro universidades, o projeto será conduzido pela AEL, que atua no ramo de sistema de segurança eletrônica há 30 anos. Serão pelo menos 50 profissionais envolvidos.
A expectativa é que 80% dos componentes do satélite sejam produzidos por empresas instaladas no Rio Grande do Sul. O restante pode vir de outros Estados, mas a tendência é que venha por meio de parcerias internacionais. Em abril, uma comitiva gaúcha foi a Israel para tratar do tema. Em setembro, está agendada uma viagem para o Canadá.
– O Ministério da Defesa vai se tornar o primeiro cliente do satélite. Mais tarde, o objetivo é vender a plataforma no mercado internacional – diz Marcos Arend, diretor de tecnologia da AEL.
Confiante da vitória no edital, Arend afirma que uma eventual derrota não enterra o projeto mas pode acarretar mudanças no cronograma.
– Investimentos em tecnologia têm um certo risco. Sem apoio fica mais complicado, mas a ideia é grande e iremos em frente. É importante para o Estado investir em sistemas de defesa próprio e o governo já entendeu isso – acrescenta.
Lançamento para 2015
Âncora de um projeto que deve mobilizar oito PhDs, 32 engenheiros e três institutos, além de universidades e empresas, a AEL Sistemas, de Porto Alegre, pretende lançar seu primeiro microssatélite em 2015, na base de Alcântara (MA), considerada uma das melhores do mundo pela localização próxima à Linha do Equador.
O MMM-1 não terá controle de órbita, quer dizer, não poderá ser "manobrado" para garantir orientação correta em relação à Terra. Ainda assim, os desafios são vários, entre os quais o de lidar com a temperatura no vácuo: o satélite pode se aquecer por causa do sol, mas o frio chega a -270°C, muito perto da temperatura considerada a menor possível. Também não dá para deixar o satélite cair: o equipamento estará sujeito a forças como a gravidade e a pressão solar, que o "empurram" para baixo.
A ideia é projetar, depois, o MMM-2 e o MMM-3, esse último com perspectiva de competir no Exterior.
O projeto
O Microssatélite Militar Multimissão (MMM-1) deve ser uma das primeiras iniciativas do polo espacial gaúcho. A intenção é lançar o equipamento até o final de 2015, o que pode ser concretizado com a colaboração de quatro universidades e de diversas empresas nacionais e estrangeiras.
As característicasMassa (peso): cerca de 20 quilos
Tamanho aproximado: 30 cm de altura x 10 cm de largura x 10 cm de profundidade
Altitude de órbita: 700 quilômetros
Custo estimado: US$ 250 mil
Aplicação imediata: setor de defesa
Carro e roda
Perto de um satélite regular — do tamanho de um carro —, os microssatélites têm a proporção de uma roda.
Mas ainda há menores, veja a classificação:
Microssatélite: de 10 kg a 500 kg
Nanossatélite: de 1 kg a 10 kg
Picossatélite: menos de 1 kg
Os parceiros
Universidades e instituições públicas
UFRGS: processamento de bordo e análise de radiação
UFSM: oferecerá a estrutura para a operação no solo
Unisinos: sensores e microeletrônica
PUCRS: antenas e transponder digital
Cientec: ensaios e testes elétricos e ambientais
Ceitec: microeletrônica (chips)
Empresas
AEL: defesa eletrônica, componentes espaciais e interface de comunicação
Digicom: fabricação de dispositivos mecânicos e suprimento de energia
GetNet: serviços de comunicação
TSM: desenvolvimento, qualificação e produção de antenas
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